Vez ou outra, algumas revistas semanais
abordam a forma como igrejas têm crescido no país. Geralmente, as
reportagens são veiculadas com críticas ácidas, indicação de escândalos
envolvendo líderes religiosos, especulações diversas. São raras as
ocasiões em que a mídia trata o tema de maneira imparcial, isenta de
preconceito. Mas dessa vez, um semanário destacou o valor e grande força
com que muitos cristãos têm influenciado o Brasil.
A revista Época dessa semana publicou
matéria de capa em que avalia o impacto que mega-construções de igrejas
católicas e evangélicas exercem sobre a sociedade. Segundo a reportagem,
esses monumentos estão mostrando o vigor do cristianismo brasileiro e,
do ponto de vista social, testemunham o enorme desejo de participação
coletiva, que anima a multidão de fiéis.
Como exemplo disso, a Igreja Católica
vai inaugurar no próximo ano o Santuário Mãe de Deus, em São Paulo, com
capacidade para 100 mil pessoas, já sendo considerada a maior igreja
católica do mundo. Em Belo Horizonte, a Catedral Cristo Rei vai abrigar
até 25 mil pessoas na sua inauguração dentro de três anos, em Minas
Gerais.
A construção de gigantescos templos para
multidões sempre foi um fenômeno histórico mundial. Os católicos há
séculos investiram em grandes igrejas, chamadas de basílicas e
catedrais. Os muçulmanos, também seguindo os ensinamentos de Maomé,
edificaram grandes mesquitas como prova de fé.
Igrejas evangélicas possuem uma história
mais recente em construções desse tipo. As primeiras foram erguidas nos
Estados Unidos e Coreia do Sul na década de 1970, mas logo se
espalharam pelo mundo. A Winners Chapel (Capela dos Vencedores), por
exemplo, que fica na Nigéria, abriga 250 mil fiéis.
No Brasil existem várias
mega-construções evangélicas em andamento. A Igreja Mundial do Reino de
Deus, em Guarulhos, na Grande São Paulo, está construindo a Cidade de
Deus que receberá até 150 mil pessoas. No Recife, a Assembleia de Deus
está concluindo um templo para 30 mil fiéis. A Igreja Batista da
Lagoinha, na capital mineira, planeja acolher 35 mil pessoas.
Nos anos 80, igrejas evangélicas
brasileiras passaram a comprar grandes salas de cinema, com capacidade
para até 2 mil pessoas. Na década seguinte, começaram a levantar
edifícios majestosos como a Catedral Mundial da Fé (Igreja Universal do
Reino de Deus), no Rio de Janeiro, que têm capacidade para até 15 mil
fiéis. E assim cada denominação foi buscando ampliar “sua tenda”.
O que a revista Época fez foi reconhecer
a força do segmento evangélico, suas demandas e suas prioridades. Como
pertence às Organizações Globo, a publicação continua sua estratégia de
exploração de um público que há muito tem andado esquecido, mal
interpretado e nada valorizado. Mas que a verdade esteja sempre acima do
preconceito.
Com informações de Época
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